No início desse ano, foi lançado, em e-book, o livro Doze por Doze, que é um conjunto de contos que conta uma história para cada mês do ano. O legal é que cada conto foi escrito por um autor diferente, o que dá a oportunidade de conhecer vários escritores em uma única leitura.
Não consegui comprar logo que saiu, justamente porque só tinha opção de adquirir em versão digital, porém assim que saiu o livro físico, fiz questão de ter ele na minha estante!
Nome: Doze por Doze
Autores: Karina
Rocha, Lucas Borges, Mariana Cestari, Carolina Estrela, Yohana Sanfer,
Bruna Fontes, Vinícius Grossos, Carina Raposo, Marianna Leão, Thati
Machado, Augusto Alvarenga, Larissa Siriani.
Iniciativa: Thati Machado (Blog Nem te Conto)
Páginas: 221
Estrelinhas: ****
Resumo: A chegada do ano novo traz consigo o desejo de
renovação. Renovamos nossas esperanças, nossos desejos, nossas metas... E, ao
início, não sabemos o que esperar do novo ciclo, mas e se... Pudéssemos medir a
intensidade de um ano através de suas histórias? Essa é a proposta do “Doze por
Doze”. Trazer variados contos, dos mais variados gêneros, para nos fazer
enxergar quantas coisas incríveis podem acontecer no período de 12 meses; de
365 dias.
O principal motivo de eu querer ler Doze por Doze
foi porque um dos meus escritores preferidos, o Augusto Alvarenga, participou
do livro. Criei mais expectativa pelo conto dele (Incógnitas de Novembro) do
que por todos os outros contos juntos. É claro que dentro dos meus objetivos
também estava a vontade de conhecer a escrita de novos autores. E foi por isso
que resolvi escrever sobre o livro, para contar um pouco das minhas impressões
sobre as histórias do Doze por Doze.
Confesso que quando comecei a ler, o livro não me
conquistou de imediato. A proposta do Salada Mista é legal, mas acredito
que em função do número de páginas dele, Karina Rocha não conseguiu
fazer com que a história se desenvolvesse melhor. A impressão que eu tive foi
de que ela precisou terminar abruptamente, e tudo aconteceu muito
rápido.
Em contrapartida, logo que comecei a ler Um
Carnaval Inesquecível, já gostei. Achei engraçado porque já tinha lido
outros contos com temática de carnaval e eles realmente não tinham me
conquistado. A maneira como Lucas Borges conduz a história é muito boa,
e, mesmo com a história de Mel (a protagonista do conto) sendo narrada em
poucas páginas, apreciei cada momento de seu carnaval.
Águas de Março foi um dos contos que
mais me conquistou. Os protagonistas, bem como os acontecimentos e a maneira
que a história é narrada me cativaram. A situação em que o conto se passa é
diferente, e talvez isso tenha trazido ainda mais apreço pelo enredo. Além
disso, a mensagem que a história passa é muito linda, e deixa aquela vontade de
saber o que aconteceu após o fim da narrativa. Nunca havia lido nada da Mariana
Cestari, mas pretendo mudar isso em breve!
Eu ainda estava naquele amor pelo conto de
Março quando comecei a ler a história da Carolina Estrella. Sinceramente,
não sei se foi isso, ou se foi o enredo em si que me fez não gostar tanto desse
conto. Provavelmente uma mistura das duas coisas. O propósito inicial da
história parecia ser algo bem legal, mas infelizmente não foi isso que o
desenvolvimento da narrativa de A última vez que te amei trouxe, ao
menos não para mim.
O que dizer do conto da Yohana Sanfer?
Eu amei tanto o desenvolvimento dele que poderia ler, reler e reler novamente
que não ia cansar. Eu fiquei tão compenetrada na história que senti como se
estivesse lá, de escanteio, assistindo a tudo. Temos nosso próprio tempo
se desenvolve da maneira certa, e o casal do conto, Mel e Gael, combina tanto
que foi muito fácil de ler a história dos dois, e, quando percebi, já estava na
última página da narrativa...
O tom de mistério de Eu nunca, juntamente
com o cenário singular, faz com que o conto de Bruna Fontes seja
simplesmente diferente de qualquer outro. Apesar das poucas páginas, a
narrativa é muito bem construída, e os detalhes são muito bem incorporados. O
rumo da história é totalmente inovador, e conseguiu me atrair tanto que eu
estava lendo na escola, e levei um baita susto quando um professor veio falar
comigo, de tão inserida na história que eu estava! Adorei o final, e fiquei
muito curiosa para conhecer outras obras da escritora.
Julho Azul, de Vinicius Grossos,
no início não me conquistou tanto quando eu esperava. Porém, à medida de a
história foi se desenvolvendo, comecei a gostar mais da história e dos
personagens. Acho que quando Iluska aparece (de uma maneira bem diferente ahah)
o conto toma um rumo diferente, mais legal. O que mais me cativou no texto foi
algo que o final revela, a mensagem que o conto traz.
Aquela noite de agosto foi um conto que, para mim, teve
seus altos e baixos. Não me apaixonei pela história, mas também não é como se
não tivesse gostado. A maneira como o protagonista narra o conto é diferente,
pois tudo se passa em dias "24 de Agosto", de vários anos. O
sentimentalismo é a parte mais marcante do conto, e a base dos acontecimentos é
boa. No entanto, não consegui me envolver tanto na leitura e no modo de Carine
Raposo contar a história.
O garoto de setembro é um dos melhores contos do
livro, sem dúvida. Seth é um dos melhores personagens de contos! Tudo nessa história
encanta, desde a narrativa de Marianna Leão, até a mensagem que está
inserida no contexto. Fiquei com vontade de ler uma continuação desse conto, de
saber o que acontece após o final...
Gostei da maneira como Abril, a garota do mês de
outubro se desenvolve, e ainda mais dos sentidos da magia que Thati
Machado apresenta durante a narrativa. Apesar de não ser um dos meus
favoritos do livro, o conto tem um bom enredo e todo o cenário é bem
construído.
Chegamos em novembro, o conto que estava esperando
pra ler já há alguns meses... Como eu disse antes, o Augusto Alvarenga foi
o principal motivo de eu ter comprado Doze por Doze. Eu não perco nenhum texto
dele, e dessa vez não podia ser diferente. Alice, a protagonista do Incógnitas
de Novembro, é uma daquelas personagens que conquista e parece que diz no
teu ouvido "continua minha história, eu juro que vai ser legal". E a
história Mulan (que é o apelido dela) não deixa a desejar. Apesar de eu não me
identificar com um dos principais anseios dela, que é ir mal em matemática, tem
atitudes suas que são muito legais, principalmente relacionadas ao feminismo. A
narrativa foi bem construída e o Augusto conseguiu reunir aspectos muito
importantes, mesmo em poucas páginas. Obviamente essa história também está
na minha lista dos contos preferidos do livro!
Por fim, o conto de dezembro, Nosso último
verão, narra a história de três amigas que, prestes a tomarem rumos
diferentes, resolvem passar as férias de verão juntas. Apesar de ser bem
escrita e de apresentar aspectos interessantes, o conto de Larissa Siriani
não conseguiu me conquistar da forma que eu gostaria.
Acredito
que todo livro de contos tem aqueles que vão agradar mais e aqueles que
agradarão menos, e com esse livro não poderia ser diferente. Doze por Doze me
deu a oportunidade de conhecer um pouquinho mais de cada escritor, e descobri
alguns autores que quero começar a acompanhar!
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