Eu já fui amiga de muita gente,
mas a amizade não era daquelas sólidas, que duram a vida inteira. Isso é tão
verdade que hoje eu não converso com mais ninguém do meu passado. Acho que eu
não gostaria muito disso, pra falar a verdade. Porque eu mudei, e provavelmente
o rumo da mudança não agradaria as pessoas com quem eu convivia, e quem elas
são hoje não refletiria em nada no meu modo de pensar.
Se fosse seguir pela lógica de
que amizade verdadeira é aquela que tem mais de 7 ou 10 anos (varia conforme a
fonte), eu não poderia estar te dizendo isso hoje, porque não tem nem 3 anos
que a gente se conhece. No começo a gente nem conversava direito, não foi
aquela coisa de “quis ser tua amiga desde sempre”, mas aos poucos a amizade foi
se construindo, e com uma base tão boa que não tem como desabar.
O companheirismo foi crescendo
junto com a gente: primeiro, somente assuntos da escola; gradativamente, fomos
percebendo coisas comuns no nosso modo de pensar, e passamos a ver que nossas
ideias se completavam e eram capazes de fazer muito mais ao serem unidas.
Quando eu percebi, já estava compartilhando contigo ideias e sentimentos
pessoais, e estava ouvindo e pensando sobre os teus. A gente se entendeu, viveu e planejou mais
coisas juntas nesse pouco tempo do que muita gente fez em 10 ou 15 anos.
Dos mais satisfatórios motivos de
te ter como melhor amiga, está a confiança, porque a gente sabe que
independente do que acontecer, poderemos confiar uma na outra. Também tem o respeito: por mais que algumas
de nossas opiniões divirjam, sempre tentaremos ver por outros olhos, compreender
o outro ponto de vista.
É por nosso companheirismo, por
nossa ajuda mútua, por nossos planos e viagens futuras, que eu vejo a gente
juntas lá na frente, apesar de tudo que possa acontecer. Tu sabe que eu te
considero, mais do que minha melhor amiga, a irmã mais velha que eu nunca tive.
Obrigada por estar sempre comigo,
nos bons e maus momentos. Te amo!
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